Textos de Cyberquel

O VAZIO



O tempo mata os sonhos
Nada foi como se esperava
Nada é como se espera
As expectativas
As esperanças
Tudo morre . . .
E com elas
Morre você
Morre aquilo que não conseguiu
Morre aquilo em que acreditava
Não há mais nada
Só vazio
O tempo que resta
Se preenche com futilidades
As futilidades são aquilo com que tentamos nos enganar
Encontrar um motivo, uma razão
Mas não há
Só há o vazio . . .

QUANDO VIVER É DOLOROSO



“A vida é bela!”
“Seja feliz!”
“Seja otimista!”
Às vezes simplesmente ficamos fadados de clichês
Quando cansamos de nos auto-enganar
Quando já tentamos de tudo
E tentamos novamente.
Ultimamente estive pensando em me auto-aceitar
Me aceitar como deprimida crônica
E, os outros também terão de me aceitar assim
Afinal, eu tentei, tentei e tentei
Então acho que estou na fase de aceitação
Me aceitar como sou
Depressiva, triste, introspectiva, reservada, raramente alegre, preguiçosa
É eu nasci assim
Lutei para não continuar assim
Mas perdi.
Às vezes precisamos aceitar a derrota e nos aceitar
Se não vou viver tentando mudar algo que não consigo
Apenas consigo amenizar
E às vezes é muito doloroso
É doloroso viver com isso
É doloroso viver.
Pode pensar em algo mais absurdo que isso?
Mas é verdade . . . . infelizmente
Viver dói . . . e às vezes muito.
Você pode me condenar por dizer isso
Mas muitas vezes tudo o que eu queria
Era dormir e não acordar.
Afinal dormir é o que mais faço
Quem sabe um desses meu sonho não se realize
E, enfim eu não acorde.
Sem dor, sem culpa ou desculpa.
Descansar em paz.